Procedimento moderno diminuí complicações e tempo de recuperação
O cristalino é a parte do olho que funciona como uma lente, focalizando os raios luminosos sobre a retina. Quando essa lente perde a transparência, as imagens perdem a nitidez. É essa opacidade do cristalino que conhecemos como Catarata.
Geralmente associada à terceira idade, como parte do processo de envelhecimento natural do corpo, a doença também pode ser congênita (em geral causada por doenças adquiridas pela mãe durante a gravidez) ou secundária (associada a alterações metabólicas do cristalino). A progressão da Catarata é variável em cada caso, mas o único tratamento definitivo é a cirurgia.
O procedimento, que teve o seu primeiro registro no ano de 600 a.C., evoluiu seguindo os avanços da oftalmologia. Antigamente, o cristalino e sua cápsula eram retirados juntos, sem a substituição por uma lente artificial. O paciente era obrigado então a usar óculos com lentes de “graus” bastante elevados. Hoje, o cristalino doente é retirado e substituído por uma lente intra-ocular.
Denominada Facectomia, a cirurgia pode ser realizada por diversas técnicas ou métodos. A mais conhecida e utilizada é a Facoemulsificação: após o cristalino ser pulverizado e aspirado, é feito o implante de uma lente intra-ocular dobrável por meio de uma incisão de 2, 75 mm, aproximadamente. Moderna e segura, a técnica diminui o número de complicações e o tempo de recuperação. Após um breve repouso, os pacientes podem voltar para casa, não precisando, na maior parte dos casos, de curativo oclusivo. O pós-cirúrgico exige apenas a utilização de alguns colírios por 1 mês e consultas regulares: no dia seguinte à cirurgia, 7 dias após e 1 mês depois, podendo ser marcados outros retornos conforme a necessidade.
Uma vez operada, a Catarata está curada. Em alguns casos, pode haver o desenvolvimento, meses ou anos após a cirurgia, de uma condição chamada opacidade capsular ou “catarata secundária”. Como o olho ainda está “vivo”, há um crescimento celular por trás da lente intra-ocular que, com o tempo, torna-se opaca e diminui, novamente, a visão. O tratamento é feito com a aplicação de Yag-Laser. A membrana celular é “cortada”, permitindo, mais uma vez, a entrada de luz no olho com maior nitidez.
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