A exérese simples do pterígio (conhecida como raspagem) na qual apenas o tecido é removido é uma técnica simples e rápida, mas está associada a uma alta incidência de recidivas, pois a área que fica exposta sem nenhuma proteção produz uma resposta inflamatória para forçar o organismo a recobrir aquela região, o que causa a recidiva em cerca de 30 a 60%.
Pterígio recidivado
Para diminuir a possibilidade de recidiva foram associadas várias alternativas que se mostraram eficazes, porém apresentando um potencial para complicações graves. O uso de radiação (Beta terapia) ou drogas como a Mitomicina, Tiotepa e 5-Fluoracil podem levar a afinamentos corneal e escleral, necrose escleral, perfurações, retardo de epitelização e ulcerações corneais, retrações conjuntivais (simbléfaro) e, até mesmo, catarata.
Atualmente, com o objetivo de prevenir a recorrência, associa-se a remoção do pterígio uma segunda técnica, o transplante autológo de conjuntiva (fina camada que recobre o globo ocular), a qual é transplantada da porção superior do olho (protegida pela pálpebra da ação de agentes agressores durante toda a vida) para a área onde existia o pterígio, devolvendo assim a fisiologia e anatomia normal da área afetada.
Dessa forma, a recuperação é mais rápida e a chance de recidiva diminui para 3 a 5%.
Esta é a técnica preconizada na Aptomed Saúde Integrada para tratamento do Pterígio.
Pré-operatório da cirurgia de pterígio
Pós-operatório imediato da cirurgia de pterígio
Pós-operatório após a retirada dos pontos
(cirurgia de pterígio)
Pós-operatório tardio da cirurgia de pterígio
Aspecto final sem sinais de recidi
Atualmente temos utilizado com sucesso o adesivo de fibrina (cola biológica) nos transplantes de conjuntiva para o tratamento do pterígio.
Vantagens do seu uso:
– diminuição do tempo operatório
– maior conforto para paciente
– promove a hemostasia (diminui o sangramento)
– menor agressão tecidual
– menor inflamação pós-operatória
– diminui ou elimina a necessidade de sutura
Sob esse aspecto, tem sido proposto que a inflamação das estruturas da superfície ocular seria fator determinante para o resultado cirúrgico de longo prazo, como por exemplo, nos menores índices de recidiva do pterígio resultantes.
Os selantes de fibrina são a combinação de soluções altamente concentradas de fibrinogênio e trombina. O fibrinogênio é uma proteína do sangue humano que coagula quando combinada com a trombina. A trombina é uma proteína catalisadora da coagulação. Esta combinação produz uma substância natural que replica o processo da cascata de coagulação sangüínea para parar o sangramento e ajudar na adesão nos procedimentos cirúrgicos.
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O selante é naturalmente bio-absorvível à medida que se dissolve, e apresenta elasticidade.
Os riscos teóricos de maior importância seriam a injeção maciça intravascular inadvertida, reações alérgicas-anafiláticas, especialmente nos indivíduos com hipersensibilidade às proteínas bovinas.
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